Ternura da minh’alma

Um amor puro em mel tão docemente
Sucumbe a vida tão insana e incoerente
Delírios aos prazeres são inevitavelmente
A angústia na escuridão melancolicamente

Aquele vento congelante na minha admiração
Penetra aos afagos em nosso distante coração
Te busquei na ousadia e em completa exatidão
Para nenhum dos beijos entristecer na solidão

Deverias adentrar em um mundo evasivo e notório
Em silhuetas complexas do meu senso observatório
Na certeza que darás um calor tão frio e todo ilusório
Ao gostar do abraço apertado que não seja transitório

Seja sensata na sua convicta e muito triste decisão
Diante reflexos que invadem meu corpo em paixão
Suspiro o sopro do vazio ao sufocar meu todo tesão

Adormecer d’entre flores, folhas, pedras e muita terra
Faz da tristeza uma simplória medida que nos supera
Tendencioso e manipulador ego egoísta que congela

Aquela ternura da minh’alma tão sensível à te desejar
Fecho os meus olhos ouvindo o bem-te-vi me chamar.