“Estão aqui seus RDO… Mas, quero banho junto, beijos, abraços e…”
03:15 am no Distrito Policial
– Oiiii minha Deusa?!
– Ãh?! Oi???! Estava dormindo… Tudo bem?!
– Estou atendendo um homicídio, um flagrante com plantação de maconha, detenção por alcoolismo e um velho que resolveu pintar a viatura da Polícia com tinta cor-de-rosa.
– Uau!? Será que a moda pega?! Vão ter uniformes também nesta tonalidade?! Quero um!!!
– Vaiiii… Vou mostrar a cor-de-rosa em outra coisa, já! Me aguarda.
Ambos riram e ele foi resolver os diversos delitos, cujos todas às vezes eram diferentes, iguais, extraordinários e ilicitamente falando:
“TAããão apetitosos e criminais”
Antes do plantão terminar, o Delegado Esquentado da Costa voltou à falar com ela no seu celular e avisou estar saindo.
Ao ver o seu amado pelo portão dentro de sua Nissan e lhe esperando, ela correu toda feliz para beijá-lo. Parecia que o tempo era todo contrário e eles podiam voltar na adolescência.
Eles se encontravam escondidos e eram amantes, daqueles que explodem tudo e à todos em um tesão.
Ele era baixinho, folgadão, exibicionista, cafona e casado com uma mulher que ele dizia ser doente, gorda e que não gostava de fazer sexo… Bom, isto em alguns aspectos até seria verídico, mas homens mentem para ter amantes.
Ela era uma mulher livre, linda, em forma, tarada, inteligente e trabalhava com núcleos de investigação dentro de uma Organização Internacional. Não era bem uma amiga de trabalho, mas tinham o mesmo setor aguçado em interagir com os elementos e eventuais questões que lhe surgissem.
Unindo a paixão, o tesão, a mentira, a rivalidade e toda vontade de se agarrar, eles faziam um par romântico moderno. Porém, ninguém imaginava que um Delegado e uma Mafiosa estavam juntos.
Todos os encontros eram diferentes e insanos, pois ambos traziam em sí um calor voraz do desejo sexual e da tara sem controle. Até combinavam no signo do zodíaco, porque eram gêmeos até a alma.
Tendo em vista ele ser casado, muitas vezes ela ficava faminta de desejo e ele não podia sempre estar alimentando aquela necessidade física, emocional e espiritual.
“Sim!!! Espiritual também!!!”
A sintonia dos dois era tão forte que aflorava d’entre energias paranormais, anormais e um tanto perplexas… Eles eram sádicos e malvados um com o outro. Uma vez ou outra tinham uns desentendimentos, mas todos devido a fome e o desejo que ela sentia por ele e ele por ela.
Esquentado da Costa ficava muito magoado e brigavam por ciúmes e porque queriam dominar um ao outro. Depois logo faziam às pazes e estavam outra fez fazendo amor. Por infinitas brigas, infinitos desejos e infinitos tudo era a paixão mais infinita da vida do casal de amantes.
– Eu quero te trazer para o meu clã e você vai ser amiga da minha esposa… Eu sei que é insano, mas se soubermos fazer direito, tudo vai ficar bem!!! Vou querer um time de futebol, a mulher é operada e nem faz mais nada.Tenho pena dela, pois é doente, perdeu o pai, a mãe e não tem ninguém à não ser eu que cuido dela por respeito e compaixão. Sabe?! Eu sou um pai e mãe, porque a louca se entope de remédios para dormir e não vive. Ela é muito doente… Fuma cigarro, bebe e não se cuida. Não gosto do beijo dela, pois o gosto é horrível!!! Temos uma enfermeira que cuida dela… Você precisa ver como sofre a pobrezinha!!! Ela não anda desde um acidente vascular e depois disto, começou à usar cadeira de rodas… Preciso muitas vezes segurar o choro, pois me dá muita pena dela não poder nem tomar banho sozinha!!!
– Acho que você está mentindo, pois homem sempre inventa que a mulher é doente, não faz sexo, é gorda ou não pode abandoná-la devido algo bem grave… Isto,só para ter Amante. Você deve fazer sexo com ela, pois demora para vir me ver… Sei não?!
– Absolutamente!!! Ela é doente, não faz nada… Não rola nada com ela mais, nem beijo!!! Prefiro me masturbar que fazer amor com uma mulher toda debilitada… É mãe dos meus filhos, mas já tive outras amantes antes e sempre tive, porque ela não gostava de fazer sexo e depois ficou do jeito que está.
– Então, você pode estar me traindo com outra?!
– Jamais! Depois que experimentei o seu beijo, o seu gosto, o seu cheiro, não consigo trocar por outra!!!
– É?!
– É minha gostOSaaaaaaaaaaa
Então, estavam eles fazendo amor outra vez e mesmo ela não acreditando muito na conversa dele, havia um amor que não podia perder. Ela amava muito ele para deixar que aquela conversa absurda os separasse.
Machu Picchu – Peru 12:00 hrs
ELiZa Gozzatti, a mafiosa Death Tigress
… Estava em uma missão especial contra contrabandistas de mulheres e saiu do Brasil para interagir com chefes de outras organizações latinas.
O Departamento da Polícia deu uma licença prêmio para o Delegado Esquentado da Costa e ele, sabendo que a amante estava viajando à trabalho, resolveu viajar com a esposa. Aquela que era doente, não fazia sexo e usava cadeira de rodas…
As coisas nem sempre são confusas, mas pertinentemente se transformam dependendo da visão ou do ângulo previsto na determinação sugerida.
Esquentado da Costa estava voando para aproveitar a beleza do Peru e acompanhado de sua esposa Amélia Dell’Art Costa… Ele chegou no aeroporto foi recepcionado por um guia turístico e foi para o Hotel Machu Picchu.
ELiZa acordou bem cedo, foi correr e apreciar a beleza do local, pois teria que resolver assuntos profissionais mais tarde.
O encontro foi algo inesperado, onde seu olhar bateu ao encontro dele e o céu escureceu…
A mulher era uma pessoa insegura, um tanto triste e notavelmente estava fora do peso, mas incrivelmente a cura lhe vestia igualmente à uma manta mágica de linho egípcio, pois não estava usando cadeira de rodas e podia andar com suas saudáveis pernas.
Diante daquela surpresa que era tão óbvia, mas toda mulher espera que no fundo haja uma verdade em toda mentira contada pelos homens, ELiZa fuzilou com o olhar aquele Delegado, feito um raio meteorológico!!!
Então…
ELiZa chegou bem próximo ao Esquentado e lhe deu um beliscão nas nádegas… Dizendo suavemente :
“Me ensina este milagre mais tarde, pois eu te encontrarei. Não se preocupe!!! Sempre encontro!!!”
Ele sentiu que havia dado o passo errado, mas se manteve sério e observador. Ao ir fazer fita de turista com um índio local, ainda levou a camisa do seu time futebolista para contar aos amigos que trocou presentes, quando na verdade só fizeram fotos. Este Delegado era um número à parte, pois teve a cara-de-pau de informar via Whatssap à um Jornal de sua cidade que fizessem uma reportagem dele com o índio… Ele informou que trocou presentes e presentes que não houveRAM.. Era cena turística e ele fazia tudo na mania de aparecer e ser um completo exibido.
Amélia sempre filmava o marido e muitas vezes fazia ele pagar uns micos… Eles eram um casal engraçado e bem diferente do Voraz Tarado Delegado e qual, tinha uma Amante Mafiosa e Faminta.
Psicólogos costumam dizer que pessoas soltam personagens inertes em seus sonhos e desejos. Porém, muitas vezes fazem coisas inéditas até para ao entendimento psicológico.
Anoitecendo ELiZa puxou o Esquentado no corredor do Hotel e lhe deu um beijo ardentemente insano… Foi levando ele aos beijos para o seu quarto e o despiu com uma fome selvagem… Fizeram amor e olhando nos olhos do Delegado a Mafiosa disse:
“Gosto de milagres, principalmente quando estou com fome”
Ambos riram olhando um para o outro… Levantaram e foram fazer amor no chuveiro… Com mais beijos insanos, abraços selvagens, toques suaves e fortes… Uma insana paixão, qual ninguém poderia simplesmente imaginar e estar por toda via à acontecer.
Esquentado saiu pisando em nuvens e mal acreditava que não houve nenhuma confusão. Ele era um homem sortudo e realmente acreditava nisto… Chegou em seu quarto e Amélia lhe esperava… Ela quis seduzir o marido, mas era patética e ele não conseguia sentir tesão sem imaginar ELiZa. Embora, Amélia até quisesse ser uma mulher ativa sexualmente, não agradava ele, pois não se cuidava e tinha cheiro de cigarro. Esquentado odiava o vício da nicotina e ao sentir o odor na boca da esposa, não quis nada e foi dormir. Ainda deu a desculpa, que teriam de acordar bem cedo.
No dia seguinte…
Através das ruínas, ELiZa e Esquentado trocavam olhares e uns empurrões, mas tudo na maior malícia para Amélia não perceber. Chegaram se beijar e fazer sexo, dentro do banheiro masculino em uma proeza de 5 minutos e tudo muito insano…
ELiZa tinha que resolver assuntos profissionais, daí se despediu do seu amante mentiroso e tarado, pois iriam se reencontrar no Brasil algumas semanas mais adiante.
Sua missão foi centrada em eliminar um chefão contrabandista, qual enganava mulheres e fazia delas, escravas do mundo das drogas e prostituição. O seu alvo foi certeiro diante de sua observação sensata e por fim, eliminou o criminoso dentro do banheiro, qual fez amor com Esquentado da Costa.
Realmente parece coincidência, mas a união do útil e do agradável nunca fez mal à ninguém. Não, ninguém do bem!!!
Dentro do avião para o Brasil…
Ele com fone de ouvido, se fazia dormir e em sua imaginação buscava sentir o cheiro, o sabor e a temperatura da sua Amante que era a tentação mais intensa de sua vida. Amélia só queria saber de comida e cirurgias plásticas, comia feito uma criança gulosa e depois pensava em soluções milagrosas. Ela mal conseguia enxergar quando o seu marido estava com outra pessoa em mente ou nem queria saber, pois era cômodo estar estacionada em um casamento sem sexo e amor.
Em algumas semanas…
– Oi?!
– Oi…
Já estavam aos beijos, abraços e toques íntimos… ELiZa e Esquentado, estavam intensamente fazendo sexo como dois selvagens dentro da Nissan. Isto, acontecendo no meio do mato, na Rodovia do Açúcar.
Era comum existir estes tipos de encontros insanos, pois tinham feeling para o desejo e tudo perigoso era um completo aflorar na tênue sexual, emocional e intencional de ambos.
Na Delegacia…
Ela surgiu com um vestido em seda floral e sapatos Luiz XV na cor nude.
Estava com os cabelos soltos e com suave cheiro de erva cidreira e flor da laranjeira… Seus lábios tinham a cor natural da carne e sua pele toda suave com um delicado toque das folhas de andiroba. Esquentado a levou até a sua sala e ela sentou em sua mesa… De fronte à Amante, o seu desejo explodia em uma tarada rigidez, feito um tronco de árvore e que no mesmo instante, suplicava por uma faminta erupção vulcânica.
“Estão aqui os seus RDO… Mas, depois quero banho junto, beijos, abraços e te devorar inteirinha”
ELiZa olhou d’entre os olhos de Esquentado, deu-lhe um beijo molhado, puxou o seu Amante com um abraço violento e disse bem baixinho no ouvido dele…
“Estou sem calcinha…”
Mordendo os lábios e fazendo um olhar maldoso, fez com que ele vorazmente lhe consumisse com o seu todo dentro dela… Sua intenção era prazerosa e sempre cruelmente deliciosa, mas faziam sandices até em lugar onde não podiam.
Como o Delegado não podia cometer coisas erradas, ele deixava a culpa toda para a GoSTOsa MAFiosa, qual assumia com total prazer!!!
Muitos encontros, muitas explosões e delirantes situações…
Tudo em um consequente libido ao amor de um sedento, voraz, faminto, insano casal, capaz de infinitas coisas.
20:00 hrs na Rodovia Raposo Tavares KM 37
20 Viaturas policiais cercaram uma chácara e todos com diversos policiais, sirenes piscando e emitindo som. Era uma cena absurda, mas havia um sentido capaz de explicar, pois era necessário uma cena desta!!!
Esquentado da Costa saiu de uma viatura todo abatido e nervoso. Suas mãos tremiam e mal conseguia manter o controle. Se posicionando com o Tenente Peixoto Negrão e o Sargento Thomé Sobrinho, eles estavam certos que iriam atirar no meliante em questão.
Os jornalistas chegaram e uma TV local fazia a cobertura de um sequestro, qual o Governador do Estado estava em cativeiro por 9 dias…
O Delegado falou em alto tom…
“saía com às mãos para cima e não faça nenhum movimento brusco”
Neste cenário dramático surgia em um lado da chácara toda vestida de preto, Death Tigress, de mãos dadas com o Governador.
Os policiais arrancaram para cima e o Delegado atravessou a frente dando um forte abraço em sua Amante, pois achou que iriam machucá-la… O Governador começou à gritar que ela havia salvo a sua vida e não era ela a criminosa. Ela havia chegado mais rápido que a polícia… Agindo em legítima defesa, ela sozinha, conseguiu matar os 3 criminosos… Algo surpreendente e tão incomum!!! Porém, houveram 3 assassinatos e a Polícia científica iria entrar em cena.
EliZa olhou nos olhos de Esquentado e ele com um gesto severo, lhe fez entender que não deveria falar mais nada.
Dentro da viatura, EliZa, Esquentado e o Governador começaram à falar…
– Certamente que ela sabe o que faz, não é?!
– Se não fosse ela tudo estaria perdido. Acredito que esta situação morre aqui, não é?!
– Depende de uma resposta, qual me envolve…
– Sugiro aos dois que mantenham a calma. Eu não suporto cenas de ciúmes!
– Quer dizer que tu estava com ele?! Eu sou cORNo??!
– Olhaaaa!!! Corno???!! Ela é minha!!! Não, sua!!!
– Esperem!!! Eu sou livre!!! Não tenho que ver esta cena de ambos… Aiiiiiii… Quem vai me levar para jantar no sábado?!
– Eu que não levo em jantar nenhum!!! Pega às velas do jantar e…
– Esquentadooooo… Eu sou o Governador!!! É brincadeira!!!
– Amor… Não tenho nada com o Aldo Franklin. Só matei os caras que estavam com ele… A gente já sabia, que você iria ficar com ciúmes e combinamos fazer este teatrinho!!!
– Não estou com ciúmes!!! Você não me domina!!!
– Não domino mesmo…
– Jamais!!!
– Sim, você que domina tudo…
– É!!! Eu montava no lombo do cavalo, ainda menino e sem cela!!!
– Sim… Você é um rebelde bonzinho que domina tudo…
– Sempre domino!!!
Os três riram o resto do caminho, com o Governador contando como EliZa havia matado o sequestradores.
05:17 am no Distrito Policial…
Esquentado da Costa, ainda fechando o Plantão fechou os olhos imaginando as curvas de EliZa… A sua pele cheirosa, o seu beijo único e toda tara que lhe fazia relembrar dela.
Então, ele telefonou para a Amante dizendo que já estava saindo… Parou antes de ligar a chave de sua Nissam e disse para ele mesmo:
“Agora vou cometer DeliTOs de AmOR com a miNHa CriMiNOSa AmANTe… Na cama!!!”
Erika Gasbarro
Enviado por Erika Gasbarro em 25/09/2018
Reeditado em 25/09/2018
Código do texto: T6458948
Classificação de conteúdo: seguro
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (Erika Gasbarro). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
Fonte: https://www.recantodasletras.com.br/contospoliciais/6458948